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Braspress é destaque em matéria sobre a aquisição de carros elétricos


Braspress é destaque em matéria sobre a aquisição de carros elétricos


18 de março de 2022


A revista Transporte Moderno, da editora OTM, soube do investimento que a Braspress fez em veículos elétricos recentemente e convidou o Diretor de Operações da Companhia, Luiz Carlos Lopes, para uma matéria especial sobre o tema.

Confira:

Luiz Carlos Lopes, Diretor de Operações da Braspress: “Com uma autonomia média de 220 a 240 quilômetros, a frota elétrica em operação (seis veículos) deixa de produzir 20 toneladas de poluentes e de consumir 7,7 mil litros de diesel. O consumo de energia também está dentro da média esperada. Os gastos com o abastecimento dos elétricos correspondem a 50% do que gastaríamos com o diesel”

“O fato é que os fabricantes precisam reduzir os preços e isso só vai ocorrer quando a produção ganhar mais escala. O preço dos elétricos ainda é proibitivo”, pondera o executivo.

Transporte Moderno – A Braspress tem investido na eletrificação da frota? Quais as ações neste sentido?

Luiz Carlos Lopes – Em fim de janeiro, a empresa comprou mais 20 modelos elétricos da linha iEV (1200T e 750V) da Jac Motors, que vieram a se somar a outros dez, encomendados no ano passado. Com mais essa aquisição, a frota elétrica da empresa será composta por 15 vans e 15 veículos urbanos de carga (VUC). Seis veículos elétricos já estão em operação há cerca de quatro meses, e o restante do lote encomendado à JAC Motors deve chegar até o final deste ano.

Transporte Moderno – Como tem sido o desempenho destes seis veículos já em operação?

Luiz Carlos Lopes – Nas condições em que operamos, na distribuição de carga fracionada em um centro urbano como São Paulo, os modelos elétricos se adaptaram bem. Transportamos cargas, em geral, mais leves que pesadas, o que também ajuda a termos condições ideais para este tipo de tecnologia. Como são distâncias curtas, os veículos circulam o dia todo e são reabastecidos à noite. Com uma autonomia média de 220 a 240 quilômetros, a frota elétrica em operação, deixa de produzir 20 toneladas de poluentes e de consumir 7,7 mil litros de diesel. O consumo de energia também está dentro da média esperada. Os gastos com o abastecimento dos elétricos correspondem a 50% do que gastaríamos com o diesel. Tentamos minimizar os impactos negativos ao meio ambiente, o que é uma preocupação global e da Braspress.

Transporte Moderno – Qual a maior dificuldade para que a eletrificação das frotas avance mais rapidamente?

Luiz Carlos Lopes – O fato é que os fabricantes precisam reduzir os preços, e isso só vai ocorrer quando a produção ganhar mais escala. O preço dos elétricos ainda é proibitivo: uma van elétrica custa quase o mesmo valor de um cavalo mecânico a diesel. A Braspress quer ampliar mais a frota elétrica, mas isso ainda é inviável. Atuamos em um mercado muito concorrido, com custos logísticos altos e fretes baixos. Mas, como disse, é uma tendência mundial, não vamos fugir disso. A questão é quando essa mudança vai ocorrer. Acredito que ainda deve demorar cerca de dez anos para que as empresas do setor possam realmente investir nos elétricos.

Transporte Moderno – Quais os próximos passos da empresa em relação aos elétricos?

Luiz Carlos Lopes – A Braspress irá avaliar o desempenho e os custos da frota elétrica para definir qual será o ritmo de eletrificação das operações. Vamos criar uma experiência, recolher dados e analisar os resultados, para decidir se aumentamos ou diminuímos o volume de compras de veículos elétricos. A JAC Motors ofereceu as melhores condições, neste momento, mas estamos sempre conversando com outras fabricantes e analisando o que cada uma dispõe. Mas, como disse, vamos avaliar esses 30 veículos elétricos já adquiridos antes de qualquer decisão.

Transporte Moderno – A Braspress pretende testar outras alternativas de energia limpa para a frota?

Luiz Carlos Lopes – A empresa já testou modelos movidos a gás. Foram poucos veículos, apenas três, mas não foi uma experiência tão positiva. No nosso caso, essa tecnologia não se adaptou tão bem às nossas operações. Avaliamos aspectos como força, autonomia e segurança, e decidimos buscar outras tecnologias.


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